Senti, aos meus vinte anos de idade, uma das maiores, se não a maior, emoção da minha vida. Segundo os europeus, só é universitário de verdade aquele que sobe as escadas da famosa Universidade de Coimbra. Agora eu tenho mais um sonho: estudar e morar em Coimbra.
A sensação de ouvir os sinos tocando e aqueles Doutores entrando para as suas orientações vestindo capas pretas é inexplicável. Será que algum dia eu também vestirei uma capa daquelas? Isso, eu não sei. Só sei que agora eu posso falar em alto e bom som: "Eu sou uma universitária".
Para acabarmos o dia em grande estilo, fomos a uma igreja e lá ganhamos a benção do padre. Se Deus existe eu não sei. A única coisa que realmente sei é que, mais uma vez, sentimos uma sensação agradável e uma lágrima caiu dos meus olhos.
O fim da tarde em Coimbra me fez pensar, sonhar, imaginar. Pensar, sonhar, imaginar. Pensar, sonhar, imaginar. E, quem sabe, um dia realizar!!!
No fim da noite, descobri que a palavra colega, aqui em Portugal, significa "putos". É, isso mesmo - puto! Oh God! O que eles devem ter pensando de mim? Muita calma nessa hora! Aqui, "putinhos" quer dizer guri novo e rapariga siginifica menina moça. Ou seja, fomos recebidos com um caloroso: "Raparigas e putinhos brasileiros, sejam muito bem-vindos!"
